domingo, 23 de dezembro de 2007

RECONHECIMENTO MERECIDO


Já escrevi que não conseguia dormir descansado enquanto não soube que o projecto estava concretizado. E considerei-o concretizado apenas, quando entre contibutos feitos e compromissos assumidos, tive a certeza de que atingíramos, aliás, ultrapassáramos os 2.000€ necessários para pagar os colchões.
Mas eu também não conseguiria nunca dormir descansado enquanto não adiantasse algo mais ao que o Anjes vinha dizendo: "os colchões estão pagos".
Não tínhamos autorização para ir mais longe. Agora temos.
Fica então a explicação devida.
Pois, o nosso amigo MIGUEL SIMÕES há cerca de uma semana atrás decidiu adiantar por nós os 2.000€ necessários para o pagamento, comunicando que esperaria pelo reembolso pelo tempo que fosse necessário.
O sr. António Lopes, da Invesil, Lda, fizera confiança em mim; o MIGUEL fez confiança em todos nós.
Grande MIGUEL! Os teus amigos, sem o saberem, não te deixaram ficar mal. Tu sabias que poderias contar com a confiança que depositaste em nós, também em alguns que nem conheces pessoalmente. Do outro lado, tu mereces de nós o maior respeito e admiração. Para sempre.
Aquela flor, lá em cima, é para ti. É um símbolo do nosso reconhecimento. Como poderia ser outro.
Um grande abraço e feliz Natal para ti e para as tuas meninas.
AMS

CHEGARAM OS COLCHÕES




Tudo começou a 3 de Novembro deste ano de 2007, quando num FORUM de amigos se escreveu o seguinte:
«Partilho convosco o texto de uma carta que recebi ontem:
"Exmo SenhorTemos a honra de agradecer em nome da Casa dos Pobres de Coimbra a importância de 150€ que um grupo de amigos que V. Exa integra se dignou oferecer a esta instituição de solidariedade social.Gestos desta natureza revelam bem a generosidade da alma de quem os pratica e, por isso mesmo, bem justo é que se dê à carinhosa atitude o merecido relevo"».

A carta é de 29.10.2007, termina com cumprimentos e a assinatura do Director Aníbal Duarte de Almeida.
NB - a entrega foi feita há meses pela Catarina; o valor é um pouco mais elevado do que aquelas migalhas que arranjámos. Foi a Catarina que pôs a diferença. A escolha definitiva da Casa foi feita, creio, eu, pela MUSA.Bem podíamos fazer isto mais vezes».
“BEM PODÍAMOS FAZER ISTO MAIS VEZES” foi como que o fósforo que acendeu o rastilho que levou um outro a escrever no dia seguinte:
"Obrigado (…) pelas informações relativas ao donativo... para a Casa dos Pobres de Coimbra... Vem aí o Natal...e que tal se a malta deste forum encontrasse um destinatário que precise e se contribuíssemos com as nossas filhozes? Casa do Gaiato?”»
Respondeu prontamente o primeiro interlocutor. A dizer:
«Tenho levado a sério uma ideia antiga - solidariedade - de que aqui se tem falado. O ZV lançou aqui uma ideia. Vou juntar-lhe outra depois de dois ou três contactos. Seguramente vamos proporcionar um NATAL DIFERENTE a algumas crianças».
E depois foi um corrupio, de ideias, de mails, de telefonemas, de contactos, de orçamentos, de reuniões, até se decidir que este mesmo grupo haveria de ser capaz – até ao Natal – de oferecer aos rapazes da Casa do Gaiato de Miranda do Corvo os colchões de que precisavam para substituir os antigos - 40 colchões ao todo.
Pelo meio a impaciência de uns em ver o projecto avançar, a par da força de outros motivando todos para a sua concretização.Quando em 5 de Dezembro foi aprovado o projecto, tácita ou expressamente, talvez nem os mais optimistas pensassem que era possível pô-lo em prática tão rapidamente.
Faltavam só 20 dias para o grande dia; seria certamente pouco tempo.
Mas, não foi.
Não resisto agora a recordar os passos essenciais de um telefonema fundamental neste processo. De um lado, um de nós; do outro, António Lopes. Aquele, querendo saber preços, condições de pagamento, preocupado em como cumprir; António Lopes, seguro na ajuda, dono de uma solução irrecusável.
AL – Falei com os meus filhos e aceitámos fazer 50€ por cada colchão. Colocaremos os colchões na Casa do Gaiato antes do Natal.
AMS – Mas, sr. Lopes, se calhar a gente não é capaz…
AL – Dr., vai falar de pagamento?! Basta-me a sua palavra. Os senhores pagam quando puderem. Não se fala mais nisso.
Nem o “dr” conhecia o senhor António Lopes; nem António Lopes conhecia o “dr”. Aliás, não se conhecem ainda.
Falaram apenas pelo telefone, de mais de 400kms de distância.
Que extraordinária prova de confiança que recebi deste homem! Não sei se a maior em toda a minha vida. O coração deste homem não o enganava!
Entretanto, noutro campo, apurávamos os procedimentos necessários para que cada um pusesse em prática o seu “gesto de solidariedade”, como lhes chamou o Anjes.
E o primeiro a dizer "sim, estou presente", foi o FF LEAL no dia 7 de Dezembro, quando solene, mas humildemente, anunciou:
“A minha resposta, para já, é de 2 unidades, mas se for preciso prolongamento penso que ainda posso jogar mais uns minutos. Fico à espera do apito para o lançamento inicial”.
“Duas unidades” queria dizer dois colchões. Ficavam a faltar só 38.
Cada um fez depois o que pôde a seguir: uns gritaram alto no FORUM que a ideia era para ir por diante; outros pagaram um colchão; outros mais; outros convenceram amigos a fazê-lo, uns mais, outros menos. De certeza cada um à sua maneira e segundo as suas possibilidades.
Tudo contou; tudo se somou.
Uns mais optimistas com meros sinais, meras ofertas, outros com pés no chão, daqueles de “esperar para ver” ou de "ver para crer".
E, assim, somadas ideias, dinheiro, colchões, gaiatos, optimismo, teimosia, pressa, cautelas, confiança, generosidade, este grupo, conjuntamente com a ajuda de outros amigos que não podem esquecer-se, fez solidariedade.
Pouco mais de um mês depois do lançamento da ideia, mas muito antes do Natal – como desejávamos – o objectivo deste grupo estava alcançado.
No dia 21 de Dezembro os colchões estavam entregues e tinham sido pagos.
(A IMAGEM É UMA FOTO DA SUBSTITUIÇÃO tirada no local pelo ADR).
E haveriam de sobrar umas migalhitas para mais qualquer coisa do que os colchões.
A ver ainda.
Por mim e, acredito que com autorização de todos quantos colaboraram, apetece-me dizer:
ESTAMOS FELIZES!
Que grande Natal nos foi proporcionado este ano pelos rapazes da Casa do Gaiato e pelos seus responsáveis, nomeadamente o Padre Manuel Mendes!
Obrigado também aos blogs que ajudaram.

AMS

CHEGARAM OS COLCHÕES

Tudo começou a 3 de Novembro deste ano de 2007, quando num FORUM de amigos se escreveu o seguinte:

«Partilho convosco o texto de uma carta que recebi ontem:
"Exmo Senhor
Temos a honra de agradecer em nome da Casa dos Pobres de Coimbra a importância de 150€ que um grupo de amigos que V. Exa integra se dignou oferecer a esta instituição de solidariedade social.
Gestos desta natureza revelam bem a generosidade da alma de quem os pratica e, por isso mesmo, bem justo é que se dê à carinhosa atitude o merecido relevo".
A carta é de 29.10.2007, termina com cumprimentos e a assinatura do Director Aníbal Duarte de Almeida.
NB - a entrega foi feita há meses pela Catarina; o valor é um pouco mais elevado do que aquelas migalhas que arranjámos. Foi a Catarina que pôs a diferença. A escolha definitiva da Casa foi feita, creio, eu, pela MUSA.
Bem podíamos fazer isto mais vezes».

“BEM PODÍAMOS FAZER ISTO MAIS MESES”
foi como que o fósforo que acendeu o rastilho que levou um outro a escrever no dia seguinte:
“Obrigado (…) pelas informações relativas ao donativo... para a casa dos Pobres de Coimbra... Vem aí o Natal...e que tal se a malta deste forum encontrasse um destinatário que precise e se contribuíssemos com as nossas filhozes? Casa do Gaiato?”»

Respondeu prontamente o primeiro interlocutor. A dizer:
«Tenho levado a sério uma ideia antiga - solidariedade - de que aqui se tem falado. O ZV lançou aqui uma ideia. Vou juntar-lhe outra depois de dois ou três contactos. Seguramente vamos proporcionar um NATAL DIFERENTE a algumas crianças».
E depois foi um corrupio, de ideias, de mails, de telefonemas, de contactos, de orçamentos, de reuniões, até se decidir que este mesmo grupo haveria de ser capaz – até ao Natal – de oferecer aos rapazes da Casa do Gaiato de Miranda do Corvo os colchões de que precisavam para substituir os antigos - 40 colchões ao todo. Pelo meio a impaciência de uns em ver o projecto avançar, a par da força de outros motivando todos para a sua concretização.
Quando em 5 de Dezembro foi aprovado o projecto, tácita ou expressamente, por aquele grupo, talvez nem os mais optimistas pensassem que era possível pô-lo em prática tão rapidamente. Faltavam só 20 dias para o grande dia; seria pouco tempo.
Mas, não foi.
Não resisto agora a recordar os passos essenciais de um telefonema. De um lado, um de nós; do outro, António Lopes. Aquele, querendo saber preços, condições de pagamento, preocupado em como cumprir; António Lopes, seguro na ajuda, dono de uma solução irrecusável.
AL – Falei com os meus filhos e aceitámos fazer 50€ por cada colchão. Colocaremos os colchões na Casa do Gaiato antes do Natal.
AMS – Mas, sr. Lopes, se calhar a gente não é capaz…
AL – Dr., vai falar de pagamento?! Basta-me a sua palavra. Os senhores pagam quando puderem. Não se fala mais nisso.
Nem o “dr” conhecia o senhor António Lopes; nem António Lopes conhecia o “dr”. Aliás, não se conhecem ainda. Falaram apenas pelo telefone, de mais de 400kms de distância.
Terá sido a maior prova de confiança que recebi de alguém em toda a minha vida. Que extraordinário o coração deste homem que tanto acreditou em mim!
Entretanto, noutro campo, apurávamos os procedimentos necessários para quer cada um pusesse em prática o seu “gesto de solidariedade”, como lhes chamou o Anjes. E o primeiro a dizer "sim, estou presente", foi o FF LEAL no dia 7 de Dezembro, quando solene, mas humildemente, anunciou:
“A minha resposta, para já, é de 2 unidades, mas se for preciso prolongamento penso que ainda posso jogar mais uns minutos. Fico à espera do apito para o lançamento inicial”.
“Duas unidades” queria dizer dois colchões. Ficavam a faltar só 38.

Cada um fez depois o que pôde a seguir. Uns gritaram alto no FORUM que a ideia era para ir por diante; outros pagaram um colchão; outros convenceram amigos a fazê-lo, uns mais outros menos. Tudo contou; tudo se somou. Uns mais optimistas, outros com pés no chão, de “esperar para ver”. E, assim, somadas ideias, dinheiro, colchões, gaiatos, optimismo, teimosia, pressa, cautelas, confiança, generosidade, este grupo, com a ajuda de outros amigos, fez solidariedade.
No dia 21 de Dezembro, isto é, pouco mais de um mês depois do lançamento da ideia, mas muito antes do Natal – como desejávamos – o objectivo deste grupo de amigos estava alcançado; os colchões estavam entregues e tinham sido pagos.
E haveriam de sobrar umas migalhitas para mais qualquer coisa do que os colchões.

A ver ainda.
Por mim e com autorização de todos quantos colaboraram apetece-me dizer:

ESTAMOS FELIZES.

AMS